Fevereiro chegou e, com ele, uma das festas mais queridinhas do Brasil: o carnaval. Junto com a agenda de bloquinhos a gente não pode esquecer da fantasia, não é mesmo? Pensando nisso, além das peças da nossa coleção, temos a collab Cantão + Ohlograma, uma marca carioca de acessórios carnavalescos. Dessa parceria surgiram três adereços: as cabeças nipes em vermelho e preto, além do pompom.
Entrevistamos a Clarissa Romancini para saber um pouco mais sobre a história da marca, seu processo criativo, inspirações, sua definição de carnaval e mais. Contamos todos os detalhes no post. Vem ver!
SAIBA MAIS: SOS PÓS CARNAVAL
– Como surgiu a Ohlograma?
Eu sou nascida no Carnaval, né? Nasci em fevereiro e eu estudava em uma escola alternativa em Brasília que tinha aulas de frevo e ballet. Claro que eu gostava de ir pra aula de frevo, e do ballet eu queria só o figurino. Sempre gostei de me fantasiar, era a minha brincadeira predileta, eu vivia pegando as roupas da minha mãe. Quando voltei para o Rio e a cultura de bloco também, todos os meus amigos iam para minha casa às seis da manhã se fantasiar. Uma amiga sugeriu que eu transformasse isso num negócio, outra amiga estava livre na época, então começamos a trabalhar juntas e dava super certo. No ano seguinte deu certo de novo, foram três anos dando cada vez mais certo. O que era uma brincadeira, virou um summer job, e o summer job virou um business. Assim surgiu a Ohlograma.
– O que te inspira? Você tem um ritual de processo criativo ou deixa rolar solto?
Meu processo criativo não para nunca. Eu vejo fantasia em tudo quanto é lugar, em toda época do ano. Se tô viajando, eu vejo uma coisa e já penso numa fantasia. Eu entro num pet shop eu vejo um adereço. A inspiração tá em todo lugar: nas exposições que eu vou, nos shows, nos objetos que eu vejo. Tudo eu transformo em fantasia.
– Carnaval pra você é…
Pra mim é um momento de suspensão da realidade. Em que o senso coletivo e o senso de humor afloram de uma forma muito linda. A gente se esquece um pouco e se torna outro. Acho que a fantasia é o primeiro canal de entrada para esse universo onírico que é um bloco de rua pequeno no carnaval do Rio. Acho que quando você escolhe uma fantasia, você tá escolhendo um alter ego, e é só um primeiro passo. Você esquece de si mesmo e vira um uníssono naquele bloco. O carnaval também ganhou um caráter político, de ocupação da cidade, de viver a cidade, de ocupação do próprio corpo. O corpo como um objeto político de liberdade e curtição, como na época da Tropicália.
– O que é Viver Bem pra você?
O Viver Bem pra mim é viver em liberdade e harmonia. Isso traz uma paz interior e a paz com as pessoas ao seu redor. Pra mim, a liberdade é essencial, e com maturidade você acaba encontrando seus pares, sua energia e as pessoas que são feitas do mesmo barro que você. E as que são diferentes… Elas vem para agregar e não para destituir, sabe? Então, pra mim, Viver Bem é isso: viver com liberdade, curiosidade e amor.
Fique por dentro de toda coleção de carnaval clicando aqui. Ah, e não deixe de assistir o IGTV que fizemos para você se inspirar nas produções de carnaval e aproveitar muito essa festa.