O projeto Iara Ira traz três nomes da novíssima safra de boas cantoras brasileiras: Duda Brack (22), Júlia Vargas (27) e Juliana Linhares (26). Com direção do músico Thiago Amud – considerado por nomes como Guinga, Caetano Veloso e Milton Nascimento como um dos grandes compositores e arranjadores da atualidade – o trio vai se apresentar, pela primeira vez, no próximo dia 2 de novembro no Espaço SESC Copacabana.
O projeto, que pretende rodar o país, foi construído a partir das afinidades e vontades das artistas, em diálogo com os músicos e diretor. As três, seja pelo caminho musical que trilham ou pela região de onde vieram (Duda é gaúcha, Júlia é carioca, e Juliana é potiguar), traçam um panorama da nova fase de intérpretes brasileiras já que são das mais destacadas vozes femininas desta jovem geração de cantoras.
A música entrou, profissionalmente, na vida delas de formas diferentes. “Nem sei se ela entrou profissionalmente na minha vida. Acho esse negócio de profissionalizar paixão meio esquisito. A gente vai batalhando pra alcançar mais espaços, ter mais voz ativa, conseguir se expressar, e ter mais infra-estrutura pra poder trabalhar em condições cada vez melhores, erguendo tijolinho em cima de tijolinho, devagarinho“, explica Duda.
Já Julia Vargas vem de uma família de músicos, e antes de soltar a voz, formou-se dançarina. “Só que quando eu tinha uns 14 anos fui chamada pra participar do show da Banda de Pife de Niterói. Já aos 16, meu irmão também começou a me chamar pra cantar com ele… aos 18 rolou a cia do Oswaldo Montenegro e por aí foi“, recorda. Juliana Linhares conta que aos 18 participou de um show em homenagem ao Centenário de Cartola, em Natal.
“Fui convidada pra fazer um trabalho como atriz e apresentar a noite. Um amigo que produzia o espetáculo chegou em mim e disse que ‘tinha ouvido falar’ que eu cantava. Assim meio do nada, ele resolveu que queria que eu cantasse e me deu uma super oportunidade de cantar num dos shows mais especiais que aconteceram em Natal nos últimos tempos. E assim começou“, relembra.
A dramaturgia conceitual do projeto valoriza o canto como atividade artística, poética e veículo de comunicação. Partindo da imagem de Iara, tradicional figura do folclore brasileiro, o projeto visa rever a lenda para, então, tirar a sereia do imaginário de um canto letárgico e nostálgico.
Iara Ira é uma aposta na força das mulheres, em uma feminilidade voraz; um movimento de empoderamento prático, no sentido de dar voz àquelas que estão precisando falar e, neste caso, cantar.
Fique de olho aqui e não perca esse encontro!
