Nascida em Curitiba e criada no Amazonas, a cantora Betina possui a retórica questionadora de uma mulher livre, contemporânea, de seu tempo. É daquelas artistas que não quer se prender a rótulos e que acredita no óbvio, no clichê e no extremo contrário.
Há pouco mais de um mês, Betina lançou seu primeiro e ótimo disco, “Carne de Sereia”, com nove faixas. Em 2011, a cantora já tinha lançado o EP “Doses Homeopáticas de Humanidade”.
Em 2013, sua autenticidade chamou a atenção do músico BNegão, que a convidou para integrar seu show “O Sítio do Picapau Amarelo” como a personagem Emília. Betina seguiu no projeto com o “BNegão & Seletores da Frequência” até 2014.
No início de 2015, a artista iniciou o processo de produção de “Carne de Sereia” que conta com a assinatura do produtor musical e também músico China. Emanando frescor e sofisticação, Betina é mais uma representante da boa e nova música brasileira que tem sido produzida neste momento. O álbum traz canções inéditas, quase intimistas, músicas de desabafo com letras sinestésicas.
“Corpo em Queda” é a faixa que abre o álbum. Na sequencia, um mar de melodias que transitam por diferentes tonalidades e surgem bem condensadas num passeio que vai do rock ao brega, da baladinha romântica ao hit. “Cafuné”, o primeiro single — e minha música preferida — foi lançada no finalzinho do ano passado, ganhou clipe e bota todo mundo pra dançar.
A moça é talentosa mesmo. Até a capa do álbum foi idealizada e ilustrada pela própria Betina. Ilustradora de mão cheia, ela desconstruiu a sereia bonita que vem à nossa imaginação e criou um ser imperfeito, fazendo alusão à carne. “Por que o que encanta tem que ser perfeito?”, questiona.
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créditos das fotos: Diogo Valentino