Sempre buscando preservar sua cultura e tradição do viver bem, os italianos têm muito a nos ensinar sobre sustentabilidade: eles calibraram o olhar e o voltaram para o que a terra pode oferecer, resgatando os velhos costumes.
Aprendendo a viver com o que possuem e favorecendo a comunidade, eles encontraram soluções surpreendentes para driblar as dificuldades econômicas, preservar seu bem-estar e desenvolver ainda mais o consumo consciente no país. Produtores locais foram valorizados e as lições do passado, aproveitadas.
Melhor do que ninguém, eles sabem o quão urgente é a necessidade da transformação do sistema alimentar global para garantir um futuro mais equilibrado para as próximas gerações.
Algumas iniciativas em Florença mostram que praticar o consumo sustentável não é mais uma opção, e sim uma necessidade. Quem demonstra total respeito a ele é a rede de produtores do Mercato Centrale di San Lorenzo, que celebra a paixão italiana pela culinária.
Responsável pelo burburinho no antigo centro da cidade, a região da Piazza San Lorenzo virou recentemente um dos lugares mais vibrantes por lá. Além do comércio local, o lugar tem diversos empórios como o Eataly original e uma variedade enorme de restaurantes, que primam pela valorização do comércio justo.
A distinta rede de restaurantes e comerciantes – que ocupa todo o primeiro andar do complexo – não dispensa a excelência dos sabores locais, dos produtos, da história e dos métodos de produção, e faz questão de uma seleção meticulosa da matéria-prima por parte dos produtores regionais em busca do melhor produto final.
E esse costume da boa gastronomia também se espalhou para os espaços do segundo andar, inaugurado há pouco mais de 2 anos. O mercado passou a contar com a sua primeira escola de culinária, a Cucina Lorenzo di Medici – uma verdadeira ode à autêntica cozinha artesanal italiana e uma fonte inesgotável de pensamento sustentável.
Antes de botar a mão na massa, por exemplo, os estudantes conversam com os fornecedores e realizam compras no próprio mercado, aprendendo ainda mais sobre a agricultura regional e o fair trade. Essa aproximação torna a troca ainda mais valiosa e preserva as tradições fiorentinas de valorizar a comunidade local.
No almoço, vale provar as delícias do Da Nerbone, que desde 1872, forma filas com os amantes de comidas tipicamente fiorentinas. Pra comer em pé, ou melhor, de joelhos. Lugar ideal para conhecer queijos, presuntos, vinhos e degustar o que Florença oferece de melhor do seu street food.
Inspiração pura! 😉