O Leia Mulheres é um clube de leitura inspirado no projeto-manifesto #
A hashtag foi adaptada em vários idiomas, criando projetos desdobrados com o objetivo de aumentar a visibilidade das mulheres no mercado editorial. O Leia Mulheres faz parte de uma série de ações. Conversamos sobre o projeto com Michelle Henriques, uma das criadoras:
Como vocês se conheceram? E como surgiu a ideia do clube?
A Juliana Gomes teve a ideia de transformar a hashtag #readwoman2014 (#leiamulheres2014), criada por Joanna Walsh, em um clube de leitura. Ela e a Juliana Leuenroth já eram amigas de longa data e me convidaram para participar do projeto.
Qual foi o maior desafio do clube até aqui?
Muitas pessoas ainda se apegam à ideia de que mulher escreve apenas literatura “feminina”, título do qual discordamos absolutamente. Nossa proposta com o clube é mostrar que mulheres produzem todo tipo de literatura, do romance ao terror, passando pela poesia e pela não-ficção.
Se tivesse que escolher um favorito entre os livros já discutidos no clube, qual seria? E por quê?
Se eu tivesse que escolher apenas um seria “A Amiga Genial”, de Elena Ferrante. Li o livro, não gostei tanto, mas depois da discussão passei a enxergar diversos pontos, a obra cresceu dentro do meu entendimento. Essa troca de experiências e ideias torna a leitura mais rica.
Quais autoras vocês recomendam que a gente acompanhe em 2016?
Eu recomendo “Ana de Amsterdam”, de Ana Cássia Rebelo, recém lançado no Brasil, bem como “A História do Novo Sobrenome”, continuação da tetralogia de Elena Ferrante.