Cores e valores são dois pilares do lindo trabalho de Tainá Lima, também conhecida como Criola. A artivista (ativista e artista), como se autodenomina, usa as latas de tinta para dar voz às mulheres negras nas ruas de Belo Horizonte.
Explorando elementos coloridos bem brasileiros, a grafiteira faz da arte urbana a sua luta política: registra em traços e cores os símbolos da resistência negra.
Criada na periferia, Criola sempre se interessou por arte urbana. Ela escolheu o grafitti como o tipo de arte mais próximo da sua realidade de vida. A grafiteira é graduada em design de moda pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Como a artista trabalhou como modelo na adolescência alimentou outro incômodo presente nos painéis de sua autoria. Seu desejo é contrapor a publicidade que explora um padrão de beleza europeu e não retrata a realidade da miscigenação do povo brasileiro.
Acabar com o preconceito é a maior arma da arte de Tainá. Seu objetivo é conscientizar que as mulheres devem se amar mais e que são protagonistas das suas próprias histórias.
A inspiração para seus desenhos são as mulheres incríveis que cruzam o caminho dela, é claro. E também a diversidade cultural do Brasil.
Uma coisa é certa: a arte de Criola não passa despercebida. Fica de olho no que ela está produzindo aqui!