ciclovias invisíveis

por Cantão

Sabia que o Rio possui a maior malha cicloviária do país? São 361km, mas ainda assim, estes espaços não chegam a boa parte da cidade. Com isso, muitos ciclistas acabam dividindo as ruas com carros e ônibus — mesmo temendo por isso.

Apesar das ciclovias serem usadas para o lazer, com a orla e paisagens incríveis de brinde, o ciclista urbano gosta mesmo é das ruas. São elas que nos levam a todos os lugares.

Foi pensando nisso que Michelle Castilho criou, há cerca de 5 anos, o projeto Ciclovias Invisíveis, série fotográfica que mostra que qualquer rua é também uma ciclovia invisível.

A fotojornalista e cicloativista quer estimular a ideia de que a bike é um meio de transporte que não deve impor limitações – nem para o ciclista, nem para o tráfego. Afinal, além de ser uma escolha sustentável e tanto, pedalar também é um direito, certo?

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O projeto é baseado no Código de Trânsito Brasileiro, que fala sobre a possibilidade da bicicleta ocupar qualquer via urbana, salvo algumas excessões. O trabalho comprova que este espaço existe, mesmo sem estrutura visível. “Quanto mais pessoas construirem ciclovias invisíveis, mais acelerado será o processo de transformá-las em visíveis”, conta Michelle em seu site.

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A gente acredita que é possível sim desenvolver o respeito mútuo entre ciclistas e motoristas. Cidades como Paris e Amsterdã estão aí pra mostrar pra gente que o caminho é longo, mas recompensador!

Hoje, o projeto, que é colaborativo, reúne posts com a hashtag #cicloviasinvisiveis e dissemina a mensagem quase que instantaneamente. Fica o convite para incorporar a magrela na rotina — e ajudar a espalhar esta ideia por aí!

Mais amor, menos motor. 🙂