mochilão nordeste #2

por Cantão

Pra visitar os Lençóis Maranhenses dá pra chegar por Atins ou Santo Amaro (pra quem vai de avião, via São Luís). Nós nos instalamos em Atins, um verdadeiro vilarejo caiçara. Lá a internet é limitada, postes de energia chegaram há pouco e a alegria é de graça! Uma semana em Atins foi suficiente para desacelerar o ritmo e viver de pé na areia.

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Por lá, fizemos o passeio com 4×4 para o Parque Nacional, onde estão 1.550km² de dunas de areia e lagoas abençoadas, cheias pela água da chuva. O parque é uma área de proteção integral à natureza com muito verde, azul e areia branquinha.

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A alta temporada é após a época das chuvas, de junho a setembro. Lá fomos à Lagoa das Sete Mulheres, batizada assim pelas sete curvas que ela forma. Linda de viver! O passeio continuou com o almoço no Restaurante do Seu Antônio. O forte é o camarão ao molho de urucum seguido de soneca no redário ao lado.

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Também desfrutamos de uns belos dias de praia, que se mistura com o rio. São quilômetros de sossego descontraído com a adrenalina do kite. À noite, fogueira pra esquentar e musiquinha para relaxar. No Maranhão o reggae é rei!

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Outro passeio imperdível é a caminhada (com guia) de oito horas pelas dunas, passando por várias lagoas até chegar na melhor de todas: Lagoa Tropical. O próprio nome já diz a que veio. Para lá, apenas fomos. Sem máquina fotográfica. E o melhor dos registros voltou com a gente: a memória de estar em um cenário tão lindo feito sonho.

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No deserto as recomendações são aquelas básicas: protetor solar, muita água e disposição. São várias as opções para montar um roteirinho. Além da praia, dunas e lagoas é possível fazer aulas de kite, passeio de quadriciclo, passeio a cavalo, flutuação no rio, passeio de barco no Igarapé, visita ao farol, revoada dos guarás, entre outros.

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Com a viagem quase no fim, fomos para o nosso último (e nada roots) destino: São Luís, capital, famosa pela cultura popular com suas lindas festas, tradições e culinária regionais.

Ficamos no centro histórico, cheio de casarões antigos e coloridos. Lojinhas e museus completaram a programação da cidade, que ainda descansava dos festejos juninos. O melhor peixe com banana do centro histórico é o da Tia Dica, sem tirar nem pôr.

Pegamos a tempo a festa do Boi de Zabumba, que dura alguns dias e o Cacurió, dança típica com meninos e meninas, moços e jovens. Visitamos ainda o centro cultural do Mestre Amaral.

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Tiramos um dia para visitar Alcântara, ilha pacata que traz a história de escravos brasileiros. Por fim, voltamos ao Rio com o coração apertado, boas histórias pra contar e com certeza um dia, voltar!

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Tudo o que eu tenho é que agradecer à Alice Quero-quero e sua família, que me abraçaram e me emprestaram um cadinho do suingue do nordeste.