Este mês, nos reunimos com as Mulheres Cantão para uma experiência única: fazer parte de um círculo do Sagrado Feminino, realizado por Bebel Clark, aromaterapeuta, reikiana e leitora de aura.
O trabalho lindo da Bebel é mergulhar no universo do feminino e criar um espaço de autoconhecimento, desenvolvimento da consciência e autoajuda, com vivências que permitem a sensibilidade, a vulnerabilidade e a sensação de pertencimento.
Como o próprio nome diz, a missão é evocar o sagrado feminino, a parte divina de nós mulheres que, em conjunto, nos fortalece e nos cura.
Pra entender melhor como essa prática pode transformar nossa vida positivamente, conversamos com ela. Vem saber tudo:
– Qual a origem dos círculos femininos?
Os círculos femininos remontam a época em que nós nos reuníamos em volta da fogueira em tempos ancestrais para acessar nossa força, nosso poder, ritualizar, celebrar, chorar, rir, fazer profecias, enfim, um local seguro para desenvolvermos nossa essência. É um lugar onde o coração é bem-vindo e tem o poder da fala, enquanto que o ego é convidado a ficar esperando do lado de fora, junto com as máscaras colocadas para viver em sociedade. É um lugar de beleza, de celebração, de choro, de riso, portanto, de vida. Dividida entre irmãs de alma.
– E desde quando você está envolvida com o Sagrado Feminino? Como tudo começou?
Estou envolvida desde 2010, quando participei do meu primeiro círculo de mulheres. Desde então, foram muitos rituais, cursos, encontros, estudos, libertações e curas para acessar cada vez mais a potência do meu feminino. Desde que o sistema patriarcal foi iniciado, as mulheres sofreram uma perda cada vez maior do seu poder pessoal, da sua força feminina. Isso fez com que as mulheres precisassem se adaptar aos moldes do machismo para serem reconhecidas. É isso que vemos até hoje, mas as coisas estão mudando positivamente e a força do feminino está vindo com tudo de novo.
– Daonde vem essa força toda?
Estamos em plena transição para a Era do Ser, e nela, o acolhimento, o cuidado e o amor são fundamentais. Hoje, trabalhando como terapeuta holística através de técnicas de Leitura de Aura, Aromaterapia, Reiki, Cura Prânica e Cristais, percebo que meu público é 99% feminino. Dessa força veio o chamado para facilitar círculos de empoderamento das mulheres. É parte do meu propósito de vida aqui na Terra. E eu faço com muito amor!
– A gente sabe que (dentre tantas) uma das definições do feminismo é acreditar que tanto homens como mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais. É a igualdade de sexos. O que você acha que falta para mais pessoas aceitarem o poder do feminino?
O feminismo nada mais é do que o reconhecimento de que mulheres e homens são iguais. O trabalho com o empoderamento do feminino traz uma ferramenta importante para que as mulheres não se esqueçam da irmandade, do senso de pertencimento, e a nutrição afetiva que podem ter em grupo. E para ajudar a dissolver de uma vez por todas a falta de confiança que as mulheres passaram a ter umas pelas outras, com a tendência a fazer fofocas e competir entre si.
– Falta empatia dos dois lados, né?
O que eu sinto falta é essa necessidade de se colocar no lugar do outro, de sensibilidade, de abertura de coração, de entendimento mútuo. As mulheres hoje têm uma jornada de vida super conturbada, e costumam não priorizar a si mesmas, colocando sempre o outro (leia-se casamento, filhos, trabalho, casa) na frente de suas próprias necessidades. Está na hora das mulheres lembrarem que são livres para serem quem são na essência, e não quem a sociedade gostaria que elas fossem. Para isso, precisam resgatar o autoamor e a autoestima, se sentirem seguras em seus próprios corpos e colocarem para fora seus dons e talentos únicos, seguindo a voz do coração, com fé na vida.
– E durante toda a sua experiência, você pode dividir alguma situação muito incrível que te fez ter certeza que esse é realmente seu propósito de vida?
Já vi mulheres que chegaram de salto alto, super produzidas, maquiadas, workaholics, demonstrando uma segurança total, se debulhando em lágrimas sendo abraçadas por outras que não as conheciam, falando de inseguranças e medos que ninguém jamais soube. Esse pacto de confiança e de confidencialidade me traz a certeza de que o trabalho com o feminino é a chave para a gerarmos o novo, em sua plenitude. É através dessas mulheres, que já são ou serão mães mais conscientes e empoderadas, que poderemos ter os frutos vivos da mudança que queremos para o nosso planeta e construir uma nova realidade, mais amorosa, pacífica e intuitiva.
O meu propósito aqui é cuidar, ajudar, evoluir junto, empoderar e ser empoderada, amar. Estou trilhando meu caminho com muita gratidão e absoluta fé na força do bem.
– E falando em força do bem e energia, como os 4 elementos e o tarot atuam no círculo?
Em muitas tradições, os 4 elementos fazem parte da proteção dos círculos sagrados de cura. Invocamos eles antes dos trabalhos e agradecemos ao final, por sua presença.
O tarot é utilizado como oráculo por diversos povos, e no círculo ele traz a sabedoria das Deusas para fortalecer a conexão espiritual e uma mensagem profunda de autoconhecimento para reflexão.
– Alguma dica para aquelas que desejam saber mais sobre o assunto?
Eu recomendo três livros: “Mulheres que Correm com Lobos”, da Clarissa Pinkola Estés, “O Anuário da Grande Mãe”, de Mirela Faour e “O milionésimo círculo”, de Jean Shinoda Bolen.
Pra saber mais e marcar uma conversa, fica de olho na fanpage dela. A gente adorou a conversa. Celebrar, honrar e respeitar o feminino é o caminho!
Obrigada pela inspiração, Bebel! ♥