O mês de outubro é marcado como um período importante da conscientização a respeito do Câncer de Mama, que acomete três a cada dez mulheres no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia. Neste mês, não queremos apenas conscientizar, mas também firmar laços e elevar a autoestima de mulheres que estão na jornada de tratamento contra a doença.
Por isso, pelo segundo ano consecutivo, nos unimos ao Inca Voluntário e ao Grupo Mulheres do Brasil RJ para uma campanha de doação especial. Vai funcionar assim: na compra de 1 lenço estampado você doa outro igualzinho para uma mulher que está em tratamento.
No total, são 04 estampas diferentes e exclusivas para escolher e compartilhar Afeto em Dobro. Os lenços vem em uma embalagem especial, com dicas de amarrações para compor looks ou presentear.
Para participar dessa campanha tão importante, convidamos quatro mulheres inspiradoras para contarem suas histórias. Conheça Mônica Sacramento, Tiffany Gonçalves, Jociane Monteiro e Mônica Travassos.
Mônica Sacramento é administradora de empresas e tem 52 anos. Recebeu o diagnóstico em 2017 e no primeiro momento, não entendeu muito bem o que estava acontecendo.
“Assim, que recebi o diagnóstico e como seria o tratamento, coloquei na minha cabeça e falei para os meus familiares que eu tinha um problema e que eu teria que resolver. E assim levei até o término do tratamento. Hoje faço os exames a cada 5 meses.”
Hoje, em remissão de tratamento, ela busca manter uma vida mais equilibrada, cuidando da alimentação e mantendo uma rotina de exercícios físicos.
“Não bebo refrigerantes, evito comer açúcar, procuro ter uma alimentação ricas em frutas e verduras. Também faço caminhadas e tento manter o equilíbrio, isso é muito importante.”
Para Jociane Monteiro, turismóloga de 45 anos e criadora do projeto Amigas do Peito Por Aí – a quem todo mundo carinhosamente chama de Jo Monteiro – o momento mais marcante desde a descoberta do câncer, foi a finalização do tratamento em agosto de 2018. Depois de tudo o que enfrentou e diante de todas as fragilidades, Jo diz se sentir uma leoa.
“Bem, cuidar de si é amplo né. Saber lidar com o pouco da fragilidade quando ao mesmo tempo eu não me sentia frágil. Muito pelo contrário. Acho que esse foi um momento comparado quando também nasce um filho. A gente se sente com força, se sente maior. A gente se sente uma leoa.”
Também em remissão, Jociane tirou lições do tratamento e hoje vive com vontade cada momento da sua vida.
“A gente não pode morrer viva. Se estamos vivas, caramba, então temos que ser protagonistas das nossas vidas. A gente tem que viver mesmo! Viver o que tem vontade, fazer o que gosta. Pode parecer o maior clichê, mas a gente de fato só percebe isso quanto estamos diante de uma situação mais delicada, dialogando com a morte.”
A descoberta da doença mexe muito com o emocional. Tiffany Gonçalves, 29 anos e gerente de e-commerce, foi diagnosticada aos 28 anos.
“Senti o nódulo no autoexame durante o banho, procurei médicos para ter mais informações, fiz a biópsia que teve como resultado um tumor maligno, um câncer bem agressivo. Ninguém tá preparado pra receber a notícia de que está com câncer, é uma coisa que te assusta no início, porque você não sabe como vai ser o tratamento, o quão avançado ou não está.”
E são nestes momentos que percebemos a importância de ter com quem contar. Finalizando o tratamento, Tiffany encontrou nos amigos força para encarar tudo.
“Eu sou uma pessoa que tem amigos há muitos anos, há 15, 20 anos. Eles têm sido a minha principal rede de apoio nesse momento. Alguns vão comigo na quimioterapia, outros ficaram comigo quando eu operei. Também ficaram na minha casa quando voltei da cirurgia para ajudar.”
Segundo dados da Sociedade Brasileira de mastologia, há 99% de chance de cura caso o câncer seja diagnosticado precocemente. Mônica Travassos, 58 anos, é mastologista e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Como médica, ela conta da importância do seu papel na vida de milhares de mulheres.
“Com certeza não é uma tarefa fácil, mas ela se torna mais leve quando combinamos a confiança da paciente com o nosso acolhimento e conhecimento. Cada paciente é única e sua história se torna nossa vida. Então a luta é nossa, o ganho é nosso! Andamos sempre de mãos dadas.”
É importante também se prevenir e realizar todas os exames que podem ajudar no diagnóstico.
“A recomendação é realizar uma mamografia anual a partir dos 40 anos. O autocuidado é uma ferramenta que ajuda a mulher a entender possíveis alterações e procurar um médico especialista para consultar.”
Manter uma rotina de exercícios e uma alimentação saudável – evitando consumo excessivo de álcool e tabagismo – são atitudes que também ajudam na prevenção de um possível diagnóstico. Mas lembre-se, autoexame não substituiu as consultas clínicas com médico, nem a mamografia.