A inspiração recorrente da quadrinista Ana Maria Sena é o feminismo negro e periférico. Sua arte tem uma motivação e tanto: a de falar e ser ouvida.
Colaboradora da revista Capitolina, a artista já teve suas ilustrações publicadas na Folha de São Paulo, e também foi responsável pelo conceito visual do livro de Lázaro Ramos, “Sinto o que sinto: e a incrível história de Asta e Jaser“.
A ilustradora também já foi convidada pela ONU Mulheres, em parceria com o MAM-SP, para criar uma releitura de uma das personagens da Turma da Mônica. Como milhares de crianças brasileiras, a brasiliense aprendeu a ler com os gibis de Maurício de Sousa.
São diversas as técnicas que Ana usa para contar histórias visuais e nos deleitar com cores e traços lindos e cheios de significado.
Por décadas, as histórias em quadrinhos e as mulheres nos quadrinhos foram estigmatizadas. Frases como “é coisa de criança”, “não é arte” e “é leitura de menino”, foram tão repetidas que alcançaram, para alguns, o falso status de verdade. Mas, essas frases, nunca retratam a realidade.
As HQs são uma das mais complexas formas de arte e podem ser apreciados por crianças e adultos, meninos e meninas, homens e mulheres.
É gratificante ver como Ana Maria faz parte de um movimento de mudança, encabeçado por uma geração de mulheres que prova o quão diversa, rica e intensa é a produção feminina de quadrinhos, depois de anos de invisibilidade e representações machistas.
É ou não é inspiração pura? Conheça mais sobre o trabalho incrível e sensível dela aqui no seu Instagram!