Ouvi durante a última semana, o primeiro trabalho da banda Drenna que tem à frente a vocalista de mesmo nome. A artista canta e compõe muito bem e o álbum questiona a virtualização das relações humanas ante a uma modernidade impessoal. Eu estava enrolando pra ouvir o disco – uma coisa sempre sobrepõe a outra e assim a procrastinação faz morada – mas quando parei para ouvi “Desconectar”, fiquei impressionada.
A bela e “apocalíptica” arte do registro de capa já introduz o tema tratado nas onze faixas. Uma ilustração representando a transformação do Homo Sapiens em Homo Sapiens Cibernéticos – nós, seres cada vez mais dependentes e nutridos por tecnologia – representa os males e as benesses oriundos da impessoal modernidade, que avança de maneira exponencial e descontrolada, se entrelaçando de forma cada vez mais intrínseca à própria condição humana.
Parece papo cabeça, né? Mas garanto que não é. As músicas falam do modo como toda esta tecnologia afeta nossa vida, nossos relacionamentos, nosso consumo e, sobretudo, nossos jovens – filhos de um tempo onde os laços se tecem por fios e entradas USB.
Curtiu? Quer ver e ouvir de perto a banda Drenna? Então anota aí: dia 02 de novembro, eles se apresentam na 1a edição do Rio ArtMix Festival, no Vivo Rio. Os ingressos já estão sendo vendidos e o festival acontecerá também dia 03. O line up do evento é incrível. Super recomendo! 🙂