A cada rodada de saia, uma revolução. Esse é o incentivo do bloco-protesto Mulheres Rodadas, nossa inspiração nesse #DiadaMulher – e todos os outros dias.
Um verdadeiro símbolo de libertação e resistência feminina. Convidamos Renata Rodrigues, Beatriz Coelho, Patrícia Santos, Taís Sampaio e Iona Spritzer para mostrar o que nós realmente queremos neste 8 de março:
A ideia – linda, precursora e muito poderosa, por sinal! – surgiu depois que uma foto com a frase “Eu não mereço mulher rodada” foi publicada na página “Jovens de Direita”, no Facebook. Instantaneamente, as redes sociais foram tomadas por reações contrárias à postagem. Em meio a essa repercussão, as jornalistas Renata Rodrigues e Débora Thomé, junto com outros amigos, resolveu criar um evento na rede social. Segundo ela, uma ideia tão absurda e ultrapassada precisava ser ironizado – e claro, era preciso combater tanto o assédio, quanto o preconceito!
As duas idealizadoras são intensas participantes dos mais diversos movimentos feministas de maneira direta, tendo participado de palestras e debates sobre o assunto em escolas e universidades do Rio de Janeiro. Os números assustam: 82% das mulheres já foram assediadas nesta época do ano, segundo enquete feita pelo Catraca Livre. É mais do que urgente a necessidade de quebrar o machismo que também segue permeando a folia, sempre objetificando o corpo da mulher e dando liberdade para o homem expôr o seu.
É possível sim lutar contra o machismo e a violência sexual sem perder o samba no pé! Não à toa, a iniciativa conta com o apoio da ONU Mulheres, e esse ano também teve apoio do Cantão: o bloco fez a abertura do Festival Viver Bem, no Circo Voador, e nós também marcamos presença no desfile no último dia 01/03!
O Dia da Mulher nada mais é do que uma lembrança (e um sinal de alerta) de todo o caminho que ainda nos falta percorrer para conseguir igualdade.
É preciso falar sobre feminismo todos os dias — afinal, feminismo é sinônimo de luta e de liberdade. Vamos juntas?
Abre-alas que o corpo feminino vai passar! 🙂