Como diz meu namorado, sou do tipo Felícia. Sou daquelas que não pode ver cachorro abandonado ou com cara de triste que já quero levar pra casa. Agarro e aperto todos os peludos que cruzam meu caminho e quase sempre esqueço de dar “oi” para o dono. Sei o nome de todos os 4 patas do bairro mas não de seus humanos.
Nasci e já tinha praticamente um lobo morando na minha casa, um Malamute do Alasca chamado Rio. Depois dele vieram outros até que finalmente chegou o dia em que meu caminho cruzou com o de uma criaturinha fofa e branquinha que escolhi chamar de Joca, apelido para Joaquim.
Não é nada fácil criar um pet filhote no mundo corrido que vivemos. Você chega em casa e perdeu um chinelo ou pisa em falso e ops… xixi. Passei muito sufoco para conseguir tornar o Joca em um cão sociável. Ele tem uma essência de capetinha mas aprende rápido e juntos conseguimos encontrar nossos limites. Sempre digo que o segredo (que no fundo não é nenhuma novidade) é lembrar que cachorros não são feitos para ficarem presos em casa.
Eles precisam correr, se exercitar, cheirar as coisas, viver em matilha, brincar e se possível ficar soltos para se sentirem livres. Por muito tempo fui freelancer e conseguia levar o Joca na praia e na cachoeira durante a semana, andar de bike no fim da tarde entre outros programas que só são possíveis quando você controla o seu próprio horário. Ano passado, recebi uma proposta irrecusável, onde não poderia ficar em casa todos os dias.
Me vi frente a um cenário que sempre recriminei: deixar um cachorro preso um dia inteiro sem ninguém para passear. Comecei a pesquisar passeios alternativos que pudessem dar ao meu bichinho algum tipo de diversão diária. Foi então que uma grande amiga, a dona de um lindo Vizla chamado Zaire d’Agoberto, me apresentou o fantástico Dia de Cão Feliz. Era como encontrar água no deserto!
Quem comanda essa maravilha são Luana e Júlio, duas preciosidades a quem confio o meu doguito de olhos fechados. O esquema é simples: eles buscam seu cachorro em casa e levam junto com outros para algum pico divertido como parques, mirantes, trilhas, cachoeiras, praias etc. Depois de quase 4 horas de rolê por aí ela entrega o animal pronto para dormir o sono dos justos.
Muitos tem receio de deixar seus filhotes soltos e por isso acabam adiando esse tipo de programa. Posso garantir que seu dog não corre perigo! A Lu e o Júlio são adestradores e sabem lidar com todo tipo de personalidade. Eles geralmente colocam nos novos integrantes uma super guia que proporciona liberdade e segurança junto.
Para fechar com chave de ouro, enquanto eles se divertem as fotos pipocam no seu celular em tempo real! Quem não tem um jardim em casa e fica fora por muitas horas vale a pena testar, o Joca recomenda. 🙂