Basta um passeio pelas ruas de Florença para perceber a sua estreita relação com a arte. Não é à toa que diversos movimentos artísticos nasceram aqui – esta é a terra de nomes como Michelangelo, Leonardo Da Vinci e Botticelli. Mas ela não está apenas resguardada aos museus da cidade.
Espalhados por todas as esquinas, os artistas plásticos fiorentinos mostram seu talento colocando cores por toda a parte!
Antes considerada abusiva, as intervenções urbanas já representaram muita dor de cabeça para a cidade, que constantemente precisava pintar os muros para evitar poluição visual. Hoje, os artistas de rua encaram de frente a arte conservadora e clássica de mais de 500 anos de história. O resultado? A street art acabou sendo abraçada pela cidade e virou um espetáculo à parte, atraindo muitos flashs e curiosos.
A prática do street painting chama muita atenção. Reinterpretando grandes obras, os artistas que comercializam seus trabalhos pagam à prefeitura da cidade uma taxa anual para poder utilizar livremente o solo público como suas telas.
Há também muitas interferências nas placas de sinalização por toda a cidade. A autoria das obras que despertam tanta curiosidade é de Clet Abraham, francês radicado em Florença.
Suas instalações não falam sobre desfigurar as propriedades, mas sim, trazer um novo olhar sobre para o local e a sociedade atual. Provocando uma crítica pelo bombardeio de sinais e informações no espaço urbano, afinal, ele as considera opressivas.
O artista faz um ‘protesto construtivo’, e traz mais personalidade e acrescenta novos significados àquelas mensagens. Uma vez que você já viu o seu trabalho na cidade, é impossível não se impactar com o restante das placas e a ironia em sua arte.
Também vale conhecer a série “L’Arte sa nuotare“, que anima as ruas da cidade. Retratando personagens famosos do Renascimento usando máscara de mergulho e snorkel, o artista Blub, que não se identifica, transmite a mensagem de que mesmo em dificuldade, com água até o pescoço, a arte resiste.
As esculturas também entram no jogo e são a especilidade da dupla UrbanSolid. Pra trazer a terceira dimensão para o grafitti, eles idealizaram objetos anatômicos para preencher os muros de diversas cidades europeias. As instalações trazem a possibilidade de interação visual e tátil com o observador.
Ruas cobertas de arte.
Uma verdadeira galeria a céu aberto pra admirar! 😉
