Uma dica pra começar a semana super inspirada: assistir ao documentário da excêntrica Iris Apfel, designer e ícone fashionista da terceira idade.
A nova-iorquina de 94 anos faz a gente pensar que tem gente que veio nessa vida para fazer a diferença. Para mostrar alguma coisa. Para encantar e ser encantada. Para ser. O ser, na plenitude da palavra mesmo, no caso de Iris significa ser o que quiser, sem regras mesmo, afinal, como ela mesma fala em seu documentário, se existissem seriam quebradas.
Iris dá um espetáculo de vida e personalidade. Ela não se importa com opiniões e a única coisa que preza de verdade é sentir-se bem.
O processo de se enfeitar é muito envolvente: é bom se arrumar, se sentir bonita e se gostar. Exige criatividade e muita alma. É algo que faz bem e se pararmos para pensar, quanta poesia e verdade há nisso. Para essa colecionadora lendária da moda, melhor do que ir a lugares ou estar em lugares é se vestir para esses lugares. É um processo muito rico, um momento de inspiração apenas você consigo mesma, de encontro com o interior e um grande desafio “de dentro pra fora”. É quase uma terapia, sabe? É se encontrar!
O estilo de uma pessoa, na essência, é instinto, é sentir e ser. Não tem como aprender um estilo, ele não é algo intelectual. Você não pode aprender a ser alguém, você é o que é e, acredite, existem pessoas que são especiais, com um poder de improvisar, combinar, mesclar, encontrar… Iris vai além e diz que o segredo está em se divertir e divertir pessoas, não há caminho mais genuíno e prazeroso.
Não há nenhuma futilidade no mundo de Iris. A moda é realmente especial para ela e cada peça carrega uma rica história. A cada vez que usa cada uma delas é uma viagem no tempo, com lembranças e emoções.
Fazendo uma analogia à uma frase clássica de Chanel (“menos é mais”), Iris diz que para ela mais é mais e acessório nunca é demais. A personalidade também tem que estar presente na escolha e aí o menos entra no valor monetário de cada peça. Além de tudo, ela pechincha muito bem e gosta de tudo baratinho.
A autenticidade dessa mulher sempre se destacou. Ela começou a ser mais famosa mundialmente quando descobriram seu incrível acervo de roupas e acessórios, mas bem antes disso tudo essa senhora era uma já famosa decoradora, conhecida pelo seu bom gosto. Não à toa ela fez várias exposições sobre seu acervo, seu estilo e sua conduta de vida. Assim, tornou-se ícone de inspiração e admiração no mundo todo.
Outra coisa que chama muita atenção na vida dela é a relação que tem com seu marido, que faleceu no final do ano passado. É lindo ver a parceria dos dois, a cumplicidade e a paciência e carinho que construíram juntos.
O que dá para se tirar de lição disso tudo é que o glamour está em ser você mesma, em se vestir de você mesma. A moda serve, em primeiro lugar, para o seu interior, como uma fantasia para a alma. 😉