Vocês conhecem a série Millenium, do Stieg Larsson, certo? Os livros fizeram um grande sucesso quando foram lançados em 2004, pouco após a morte do autor sueco. Tanto sucesso que viraram filmes: o primeiro livro teve uma versão sueca e também uma holywoodiana com Daniel Craig e Rooney Mara nos papéis principais. Os outros livros viraram filmes suecos também, mas Hollywood ainda não continuou a sequência. Enfim, tudo isso para dizer que a série Millenium que começa com “Os homens que não amavam as mulheres” é totalmente viciante. E agora tem um novo volume, chamado “A garota na teia de aranha” do David Lagercrantz.
O quê faz os livros Millenium serem tão tão bacanas? A resposta é óbvia: Lisbeth Salander. Lisbeth é uma hacker brilhante com dificuldades de relacionamento (na verdade, ela sofre de algum tipo de síndrome), aptidão para a violência e um grande senso de justiça. Ela não é nem um pouco parecida com as heroínas tradicionais, é magra e sem curvas, tem os cabelos pretos cortados curtos, uma grande tatuagem de dragão nas costas, um milhão de piercings e é bissexual. E você vai torcer por ela a cada momento. Claro que uma heroína merece um herói a altura, então temos Mikael Blomkvist, um jornalista que é um dos sócios-fundadores da revista Millenium, conhecido por sua capacidade investigativa.
Não vou falar muito dos três primeiros livros aqui, só vou dizer para vocês: se ainda não leram, leiam. E agora vamos falar do “A garota na teia de aranha”. Para mim, foi irresistível a chance de ler mais Lisbeth. E também fiquei curiosa para ver como o novo autor se sairia. Stieg Larsson morreu quando ele estava escrevendo o quarto livro, mas David Lagercrantz não teve acesso ao manuscrito por questões do espólio, então fez tudo sozinho mesmo. E se saiu muito bem, na minha opinião.
Eu gostei bem mais dos três primeiros, mas também fiquei lendo loucamente o novo. Lagercrantz manteve as características dos personagens, e utilizou bem todo o pano de fundo construído por Larsson. Também curti bastante os personagens novos que estão envolvidos na trama, como o Dr. Frans Balder e seu filho August, sendo que este último é autista (o que tem grande relevância na história). Enfim, se você gosta de thrillers, esse livro (e a série toda, claro) é um prato cheio!
O que eu acho muito bacana em Millenium é justamente a habilidade dos autores em surpreender, então fiquei pensando que a receita que acompanhasse o livro tinha que ter essa mesma característica. Nesse meio tempo, fui fazer compras e trouxe para casa uma bandeja de shitake e, enquanto pensava em como preparar meus cogumelos, tive um estalo: um escondidinho de shitake! Um prato que ainda não comi em lugar nenhum, será que ia ficar bom? E não é que ficou ótimo! Surpreendeu, a la Lisbeth.
Você vai precisar de:
3 mandiocas descascadas
300g de shitake
250g de carne moída (opcional)
um punhado de cebolinha fatiada
1/3 de xícara (chá) de queijo parmesão ralado
1/4 de xícara de farinha de rosca
1/2 xícara de leite
1 colher de sopa de manteiga
shoyu
azeite para untar
Lave os cogumelos, escorra-os e refogue com um um fio de azeite e bastante cebolinha. Se for fazer com carne, refogue a carne também. Adicione o shoyu e, se quiser, tempere com sal e pimenta do reino. Acomode a mistura de shitake ainda quente no fundo de uma travessa média. Cozinhe 250g de mandioca em água até ficar bem macia. Retire do fogo e deixe amornar. Retire os fiapos e amasse as mandiocas com um garfo. Adicione 1/2 xícara de leite desnatado, 1 colher de sopa de manteiga, noz moscada e sal a gosto. Despeje o purê sobre a mistura de cogumelos. Alise a superfície com uma espátula. Salpique a farinha de rosca e o queijo parmesão por cima até ficar uniforme. Leve ao forno pré-aquecido a 220 graus por aproximadamente 30 minutos. Sirva ainda quente!