Em meio à riquíssima tradição cultural e à natureza exótica da Bolívia está toda a exuberância do Salar de Uyuni. E não é pouca exuberância, não! A extensão do salar, pasmem, equivale a sete vezes a área da cidade de São Paulo, ou seja, é muito sal!
Todo esse sal um dia também já foi um lago pré-histórico e hoje, milhares de anos depois, o Salar de Uyuni mostra que continua com tudo em cima e ainda deixa muita gente de queixo caído! Nem o difícil acesso e a altitude de 3.600 metros intimidam aqueles que querem ver de perto esse visual sobrenatural para o infinito branco.
Os passeios saem da cidade que empresta o nome ao salar e começam pelo famoso cemitério de trens. São dezenas de vagões, locomotivas e trilhos abandonados que fazem a alegria de quem curte uns cliques inusitados. Parece um cenário de filme! Subir nos trens, passear (e até deitar) nos trilhos está completamente liberado!
Poucos quilômetros e muitas fotos depois, a chegada ao salar é estarrecedora… um oceano branco, imenso e surreal se aproxima. Para qualquer lado que se olhe, nada além de céu, sal e espelhos d’água. É só horizonte. É maravilhoso. É o maior deserto de sal do mundo. É a natureza da Bolívia.
A sensação é de estar em outro planeta ou andando nas nuvens. O fato é que essa é uma experiência de outro mundo que tem que ser vista e sentida de perto para se entender a proporção do espetáculo. Em palavras é difícil traduzir.
Para ver o espelho d’água e tirar as famosas fotos em perspectiva, o ideal é ir entre os meses de janeiro e março, época em que as chuvas caem e formam uma fina película de água que cobre o salar e transforma as salinas em um espelho do céu.
Por todo o salar havia pequenos montes de sal que, após amontoados pelos exploradores (que também são moradores da região), secavam antes de serem levados para a industrialização. Nosso guia nos contou que é lá onde está a maior reserva de lítio do mundo!
Por conta da altitude e da imensidão de branco, mesmo com o tempo mais fresco, não descuide! Você pode dar uma boa tostada se for desprotegido. Óculos escuros, protetor solar e chapéus são itens indispensáveis para essa viagem.
Também é preciso respeitar os limites do corpo e evitar gastar muita energia para aliviar sintomas como dor de cabeça, fadiga, náusea, tontura e, principalmente, a falta de ar, causados pelo mal da altitude. A boa é descansar, fazer tudo com bastante calma e beber um bom chá de coca para revigorar.
Tomados todos os cuidados, é só relaxar e deixar o Salar de Uyuni te encantar. Esteja certo de que você vai perder o fôlego (em todos os sentidos) e não vão faltar suspiros ao lembrar da viagem que trouxe o céu aos seus pés!