No mochilão nos deparamos com uma das dúvidas mais difíceis que já tivemos. Estávamos achando tudo muito corrido, poucos dias em cada cidade. Então abrimos a possibilidade de cortar o último país, Camboja, para termos mais dias nos restantes, e curtir uma viagem mais tranquila.
Depois de pensar bem, chegamos à melhor escolha de todas: trocar a passagem e ficar mais. Assim faríamos tudo com calma (na medida do possível) e não cortaríamos esse país tão incrível! E ainda bem! Foi a melhor escolha que já fizemos…
Belezas naturais, história poderosa e um povo muito doce. Combinação infalível. Nossa primeira parada foi em Siem Reap. Passagem obrigatória para absolutamente qualquer pessoa que visita o país. É por lá que está o complexo de templos mundialmente conhecidos — ainda mais após Angelina Jolie e Tomb Raider — a zona Angkor; é a antiga capital do Império Khmer e maior estrutura religiosa já construída no mundo.
Ao contrário do que muitos pensam, os templos não são budistas, mas sim hindus. Então são centenas de histórias dedicadas ao deus Vishnu, esculpidas a mão há mais de mil anos. Uma viagem que te transporta ao passado em um sopro. Tão intensa que nem os mil turistas ao redor te fazem voltar a realidade. Reserve um dia antes de começar a maratona de templos para passar a tarde no Angkor National Museum, que conta toda a história Khmer antiga.
São alguns “complexos” de templos. Se estiver com folga de dias reserve uns quatro para os tours. Assim você verá tudo com mais calma, e sobrará tempo para aproveitar a cidade — que, por sinal, é repleta de restaurantes para todos os bolsos, feirinhas e música.
A segunda parada foi em Pnohm Pehn, onde fica o Killing Fields, um dos muitos campos de concentração do legado de Pol Pot. Para quem não sabe, o Camboja viveu uma ditadura sanguinária de 1975 a 79, e o governo exterminou um terço da população (infelizmente o mundo quase não falou ou fala disso). É claro que isso é de cada um, mas a visita ao lugar é mais do que válida.
Conhecer a história de um lugar, para mim, é uma forma de demonstrar respeito à população. Ainda mais sabendo que todos os cambojanos com mais de 36 anos viveram essa época tão triste. A visita faz aumentar ainda mais o seu carinho e compaixão por eles. Mas prepare-se: não conheci uma pessoa que não disse ter saído do museu no fundo do poço.
De lá seguimos para Sihanoukville, uma cidadezinha simples, com uma praia bonita, mas nada incrível. Ainda assim, o lugar é magnético e encanta todos os mochileiros. Quase não há um cambojano, nem trabalhando nos estabelecimentos. Pessoas do mundo inteiro se mudam para lá para viver em um feriado eterno, já que são muitos albergues e rola uma festa praticamente ao lado da outra. Se estiver afim de mais agitação fique em Serendipity; se a vibe for mais relax, vá para o Otress.
Então chegamos à última parada do Camboja e última parada da viagem: fomos à Koh Rong para fechar com todas as chaves de ouro do mundo. Uma ilha praticamente virgem, de água cristalina, bangalôs e barzinhos na areia, cachorros livres e crianças por todos os lados!
É possível explorar as praias da ilha e encontrar, por exemplo, uma faixa de oito quilômetros paradisíacos só para você. Para no final do dia sentar para comer na areia e tomar uma cerveja por 50 centavos…
O que mais a gente podia pedir? Só voltar para o zero e começar tudo de novo mesmo!
Relembre todo o Mochilão pelo Sudeste asiático aqui!