Conhecer Cuba é uma viagem no mínimo interessante.
Somando o fato de ser Caribe, fica mais interessante ainda.
O que esperar do país? Além de muito rum, salsa e charutos, a ilha de Fidel vai te dar uma experiência enriquecedora e algumas boas reflexões, pode ter certeza! Fiquei sete dias em Havana e voltei com todas as dúvidas que levei na mala, e mais algumas que ganhei por lá.
Chegando lá, você imediatamente faz uma viagem no tempo. Parece um cenário de algum filme antigo, com carros de 1952 de várias cores que você pode imaginar, prédios e construções antigas e os inevitáveis charutos para todo lado. A ilha tem um quê de vintage e um quê de ruína, surpreende.
Havana tem alguns lugares clássicos que não podem faltar no roteiro, como os bares El Floridita e o La Bodeguita Del Medio, os dois são os mais famosos da capital, conhecidos pelos mojitos e daiquiris legítimos.
O nobel Ernest Hemingway batia carteira nos dois — tanto que no El Floridita você ainda encontra uma estátua do escritor, que fica não por acaso, no balcão do bar.
A Praça da Catedral também é parada obrigatória! Além da Catedral belíssima, a praça é referência para alguns restaurantes e bares legais do centro histórico da cidade. Falando em história, o Capitólio de Havana vale uma visita, o prédio foi sede do governo após a revolução de 1959.
Apesar dos carros vintages para lá e para cá, não planeje rodar motorizada todos os dias. Um passeio a pé pelo Malecón, a orla de Havana, é mais que do que essencial.
Se o assunto é música, a capital oferece ótimos espetáculos de salsa e rumba, e alguns shows com integrantes do Buena Vista Social Club. Mas a dica é que em cada ruela ou em cada bar você encontra uma boa música e ótimos dançarinos, isso é de praxe dos cubanos. E eles tem suingue, viu? Se prepare para ficar com os hits ‘Oye como va’ e ‘Guantanamera’ na cabeça por alguns dias!
Para quem quer beber uma pinã colada na frente de um mar azul turquesa, a dica é Varadero. A ilha de Fidel tem ótimas praias, mas Varadero é de longe a mais procurada. Lá, o mergulho cultural fica de lado, pois a cidade praticamente só tem resorts, onde os turistas passam o dia inteiro.
O que mais me surpreendeu é que sinto que não conheci a verdadeira Cuba. Conheci a Cuba dos turistas, que mais parece uma realidade à parte. Mesmo com um grande roteiro planejado, com vários pontos turísticos, comidas típicas, músicas e muito rum, eu percebi que só se conhece Cuba através de um cubano.
Essa é a dica de ouro: converse com os moradores da ilha. Escute, preste atenção, conheça os lugares que ele frequenta, dê ouvidos a sua história. É mais enriquecedor que qualquer show de salsa. É ali onde mora a verdadeira ilha comunista e a verdadeira alma dos cubanos!
Dicas rápidas:
Cuba funciona com dois tipos de moeda, os pesos cubanos, que são exclusivos dos moradores da ilha, e os CUC’s, a moeda dos estrangeiros, que os cubanos também tem acesso. Um CUC equivale a mais ou menos um dólar. Se baseie nisso.
Para entrar na ilha cubana é preciso de vacina contra a febre amarela. Veja se a sua está em dia, ou providencie em algum posto médico.
Cuba precisa de visto. Você pode comprar na sua agência de viagens, no aeroporto de partida, ou até no aeroporto de Cuba. Mas, por precaução, é bom chegar com o documento em mãos. O visto custa cerca de R$ 45, mas depende da compra, se for pedir por correspondência é mais caro.
Boa viagem!