O Dia da Mulher nada mais é do que uma lembrança (e um sinal de alerta) de todo o caminho que ainda nos falta percorrer para conseguir igualdade. A data foi ontem, mas a nossa luta continua hoje. É preciso falar sobre feminismo todos os dias — afinal, feminismo é sinônimo de luta e de liberdade.
Sim, conquistamos muitas coisas, mas ainda não chegamos nem perto de realmente reestruturar o papel da mulher na sociedade. Ainda precisamos falar sobre o direito negado ao próprio corpo, sobre a padronização estética tão repressora, a desigualdade salarial e a violência doméstica, sobretudo psicológica.
Para não deixar essa discussão de lado, listamos aqui algumas das nossas iniciativas favoritas para debater e aprender um pouco mais sobre o assunto:
O Think Olga é um coletivo de mulheres incríveis que produzem conteúdo e lançam campanhas importantes como o Chega de Fiu Fiu. A campanha foi criada em 2013 e lançou uma pesquisa com 8 mil mulheres. O resultado apontou que 99% delas já foram assediadas e 83% não gostaram da abordagem.
Agora, o projeto vai produzir um documentário a fim de estabelecer um diálogo entre as vítimas, os que praticam o assédio e as especialistas no tema. Com apoio colaborativo, a abordagem chegará a mais Estados do Brasil, para que a discussão sobre a violência contra a mulher ganhe a atenção merecida.
Outro projeto que também desmistifica preconceitos sobre o universo feminino é o Lugar de Mulher, que mostra que lugar de mulher é onde ela quiser. O Magra de Ruim e o Negahamburguer fazem essas ressalvas com ilustrações de dar orgulho!
Quem também tem voz para falar sobre as questões feministas é Aline Valek, que além de ser autora de textos indispensáveis sobre o assunto, também escreve no Escritório Feminista — seção da revista Carta Capital que reúne mulheres poderosas e debate sobre o cenário feminino no país e no mundo.
Nós também estamos adorando o conteúdo da Revista Capitolina, que é para adolescentes. A ideia da revista é englobar todos os mil interesses que uma garota pode ter, de maneira que ela se sinta acolhida e representada pelos assuntos. E de onde surgiu a inspiração pro nome da revista? Pensando em personalidades femininas que fizeram a diferença, elas chegaram à Capitu, apelido da personagem de Machado de Assis cujo nome verdadeiro é Capitolina!
Nessa mesma pegada tem a fonte de inspiração da Capitolina, a Rookie Mag, criada pela garota prodígio Tavi Gevinson. Lutando a favor do feminismo, também brigamos contra o racismo: essa é a premissa do Blogueiras Negras, que só nos inspira e traz mais e mais informações relevantes.
A violência contra a mulher é real e diária. Está nas redes sociais, nas ruas das cidades e em inúmeras residências. Por isso é tão importante provocarmos o debate não só no dia 08 de março, como o ano todo.
Vamos juntas?