Depois de Mianmar e da Tailândia, minhas amigas e eu colocamos as mochilas nas costas mais uma vez. Agora para explorar o nosso próximo país-destino: o Laos.
Depois de mais de um mês, pudemos aproveitar um café da manhã de verdade: pãezinhos e cappuccino, finalmente! A primeira parada foi na principal cidade do país: Luang Prabang. Um mix de ocidente e oriente equilibrado e natural: livrarias levemente sofisticadas de um lado e a espiritualidade pulsante do outro.
É uma cidade perfeita para alugar uma bike e começar a rodar! São templos que não acabam mais – e muitas vezes, vazios! Mas a maior atração da cidade são as cachoeiras. Ficam a 36km do centro, então você pode ir de moto, de bike ou de tuktuk. Umas amigas já tinham ido de bicicleta, não aguentaram o percurso e acabaram pedindo carona!
É verdade que a distância é moleza de bike, mas quando se soma uma ladeira com estradinha de terra e poeira sem fim… fica mais difícil, né? Optamos pelo tuktuk mesmo… e não nos arrependemos nem um pouco.
O lugar é incrível! Vale chegar cedinho para curtir o parque pela manhã… não precisa nem dizer como nossas energias se renovaram depois desse mergulho!
Luang Prabang é cortada pelo rio Mekong, e esse foi nosso primeiro contato com ele! Vale muito atravessar o rio e desbravar. O lugar é ideal para tirar uma soneca nas margens do rio e depois devorar uma pizza artesanal…
Outra ótima pedida é ver o pôr do sol do alto do monte Phu Si. Falando em comida, quando você descer desse monte, a feira que toma a rua principal já terá começado e é lá que você pode passar a noite inteira. E essa é a minha parte favorita em viagem, então não preciso nem dizer… por mim, saia dando uma mordida em cada opção. Parecia que eu queria engolir a feira para mim!
São muitas opções exóticas e deliciosas e o melhor: tudo pechincha! Por exemplo, lá dá para aproveitar vegetarianos all you can eat por apenas 1 dólar.
A segunda parada foi em Vang Vieng, uma cidadezinha bem agradável entre montanhas. Tinha de tudo para ser um point super relax, mas é muito (muito!) festeira.
O tubing é uma das atrações por lá: você aluga uma boia e vai descendo o rio todo. Na beira do rio dá para encontrar vários bares, mas eles são um pouco mal frequentados, melhor evitar.
Outro hotspot por lá é a blue lagoon, que merece uma tarde só para ser admirada…
A última parada foi Don Det (também conhecida como Si Phan Don ou 4000 Islands). É um complexo de quatro mil ilhas, em que você finca a sua âncora na principal, Don Det.
E mesmo sendo a principal, nem asfalto ela tem. Assim como tudo no Laos, o lema de lá é: sem pressa! A boa é relaxar, estirada na areia com os (pasmem!) búfalos, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo…
Aqui você também aluga uma boia, mas só para ficar parado dentro d’água se refrescando mesmo. Em um dos dias fizemos um passeio de caiaque guiado, que valeu super a pena!
Você rema o dia inteiro pelo Mekong… força no bíceps! E no fim encontra a maior cachoeira (em volume de água) da Ásia! Impressionante. Fique relax e só se preocupe com o lugar de onde verá o pôr do sol. Aliás, acho que essa (e o que comer) era a única preocupação do mochilão inteiro!
O Laos é um país no seu ritmo próprio. Lá você não sente pressão de nada… O povo é doce e a espiritualidade transborda por todos os cantos.
Vá e só se deixe sugar por isso!
ONDE FICAR: Luang Prabang e Vang Vieng são os melhores lugares para se hospedar. Vale muito visitar Don Det também.
LEMBRE-SE: Lá rola um toque de recolher a partir da meia noite. Os bares fecham e as bebidas alcóolicas param de ser comercializadas. Mas um boliche 24h, um pouquinho afastado da cidade, vende cerveja e salva os boêmios!
FIQUE LIGADA: Alguns bares nas beiras do rio de Vang Vieng são perigosos. E blogs e amigos também advertiram – é preciso paciência para encarar o transporte público no Laos. Os ônibus são velhos e em péssimas condições e as estradas esburacadas, ou seja, qualquer viagem promete dores de cabeça. Mas você pode ter sorte, como eu, e aproveitar um ônibus de viagem limpinho e com leito.
CONTINUA…