A simplicidade do Macapá

por Cantão

Nesse Brasilzão tem um pedacinho de terra, lá em cima, que faz fronteira com o Pará e a belíssima Amazônia. Essa terra é o Macapá, no Amapá. E lá fui eu com minha família visitar os parentes metade-índio da região.

Tínhamos uma missão nada fácil: festejar por cinco dias o aniversário do meu tio. Com direito a muito forró, arrocha, cupuaçú, açaí, banho de rio e o coro de “parabéns” a cada quinze minutos.

Em Macapá, mosquito se chama “carapanãn”, bala (desde biscoito recheado a qualquer chicletinho) é “bombons” e a interjeição que mora na ponta da língua de todos é “éééégua!”

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Quase todo prato típico leva leite e os nomes vão de “Peixe a Delícia” e “Taça da Felicidade” de sobremesa. Saladinha é para os fracos. Lá se come açaí de verdade. Açaí com camarão, açaí com farinha e também com feijão. Granola nem pensar!

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Apesar de muito calor na cidade, o grande Rio Amazonas banha mais da metade do Amapá. O aspecto barrento e turvo revela lendas misteriosas sob suas águas. Lendas à parte, o que posso afirmar (visto com meus próprios olhos e presenciado com meus próprios mergulhos) são os botos cor-de-rosa.

Lindos e alegres vinham nos dar as boas vindas se exibindo, brincando e saltando com a gente. Na volta, peixe Pirarucu e Tambaqui para o jantar. Com farinha, sempre.

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Não deu tempo de aprender com os pescadores como se pega camarão, mas valeu o registro do Matapi. Instrumento que eles usam para essa pesca. Teve gente que trouxe Matapi para fazer de luminária 😉

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Além das belezas da floresta e do Rio, em Macapá passa a Linha do Equador. O Marco Zero é um dos pontos turísticos mais famosos de lá. É de praxe colocar um pé do lado do hemisfério Sul e outro no hemisfério Norte e bater a clássica foto. Dá pra sentir a energia forte…