pequenas estórias de amor

por Cantão

Confeitaria é uma revista virtual independente, que entrega doses de doçuras (às vezes, acidez) em forma de colunas, que é um verdadeiro deleite pra todo tipo de apaixonados pelas palavras.

O projeto online é um coletivo literário altamente inspirador, criado pelas amigas Fabiane Secches e Flavia Stefani. Jornalistas, escritores, publicitários e outros autores compõem o time convidado para escrever.

Além do conteúdo sempre incrível, a Confeitaria também lançou no começo do ano sua primeira publicação impressa – o livro “Amor | Pequenas Estórias“.

Como o título sugere, a missão de 40 autores convidados foi falar sob seu ponto de vista sobre o tema mais antigo de todos, em todas as suas formas – ensaios, contos, poemas e crônicas. Tudo isso em até 800 caracteres.

Vários ilustradores super talentosos também foram convidados pra interpretar as histórias contadas (alguns autores ilustraram seus próprios textos). O resultado não poderia ser mais incrível!

Para saber mais sobre essa ideia tão inspiradora, batemos um papo com a Fabiane Secches sobre a experiência em comandar tais projetos:

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Fabiane Secches e Thiago Thomé – ela é editora dos projetos editoriais, ele editor de arte.
(créditos da foto: Felipe Abe)

Por que falar de amor?

Para esse nosso primeiro projeto editorial, a gente quis escolher um tema que fosse atemporal e relevante pra todos (autores, ilustradores, leitores) e, ao mesmo tempo, um tema que permitisse que cada um se expressasse com autonomia. O amor continua sendo o tema mais universal e, ao mesmo tempo, o mais subjetivo. Cada um se relaciona com o tema à sua própria maneira.

A Confeitaria é uma publicação independente. Tiveram muitos desafios durante a produção do livro?

Desde a ideia inicial até o lançamento, tivemos quase um ano de trabalho. É um livro curtinho, mas foi o nosso primeiro trabalho editorial impresso e a gente tinha todo um universo a desbravar. E 60 pessoas, entre autores, ilustradores e equipe, estiveram envolvidas no processo, então foi preciso um esforço de coordenação. Mas tivemos sorte: todos foram muito generosos e participaram entusiasmados, então os obstáculos foram superados com alegria. Não sem dor (inclusive com muita dor nas costas depois de noites viradas), mas com muita alegria.

A revista, além de independente, é também virtual. Sempre tiveram o intuito de transformá-la em uma publicação impressa?

A gente nunca descartou essa possibilidade, porque somos entusiastas do livro. Continuamos sendo um site, mas sempre flertamos com outros formatos complementares, que podem enriquecer a experiência.

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Além dos autores, também foi feita uma seleção de ilustradores. Como foi feito esse casamento entre texto e imagem?

Primeiro, convidamos os autores para participar escrevendo um texto de até 800 caracteres. Depois, o Thiago Thomé, editor de arte da Confeitaria, escolheu e convidou os ilustradores. A partir daí, pensamos no perfil de cada um, tentando encontrar boas combinações. Cada arranjo funcionou de um modo. Alguns autores, como Aline Valek, Ana Paula Rocha, Natacha Cortêz, Murilo Martins e Tatiana Giglio, ilustraram seus próprios textos.  O que a gente tentou fazer foi respeitar o estilo de cada um e aproximar os que pareciam ter afinidade. Tivemos também uma história sem texto para fechar, ilustrada pela artista Elisa Sassi (“La Misma Lluvia“).

Podemos esperar mais livros por aí?

A gente espera que sim. O mercado de publicações independentes no Brasil pede um somatório de habilidades: editoração, impressão, distribuição. Ainda somos novatos. Mas gostaríamos muito de continuar criando projetos editoriais, sejam eles impressos ou não.

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ilustração de Bruno Nunes

 

“Amor, Pequenas estórias” é pra virar livro de cabeceira e da vida, daqueles que você sempre pega pra se inspirar. 😉